Filme Ainda Estou Aqui reacende debate sobre memória da Ditadura no Brasil

O filme Ainda Estou Aqui aborda os impactos da ditadura militar, fortalecendo o debate histórico e a reflexão sobre democracia no Brasil.

Por Daniele Gonçalves

O filme Ainda Estou Aqui aborda os impactos da ditadura militar, fortalecendo o debate histórico e a reflexão sobre democracia no Brasil.

O longa brasileiro Ainda Estou Aqui continua a atrair grande público quase dois meses após sua estreia, somando mais de 3 milhões de ingressos vendidos. A produção, que aborda os impactos da ditadura militar na família Paiva, já figura como o quinto maior sucesso de bilheteria nacional de 2024 e foi indicado ao Globo de Ouro, além de pré-selecionado para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Dirigido por Walter Salles, o filme retrata a luta de Eunice Paiva, que busca justiça pelo desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, ex-deputado levado pelos militares em 1971. Baseado em fatos reais, o drama familiar oferece uma nova perspectiva sobre as marcas deixadas pela ditadura e conecta o público à necessidade de refletir sobre a democracia no país.

O impacto de Ainda Estou Aqui vai além das telas. Em dezembro, o governo brasileiro começou a reemitir certidões de óbito para famílias de vítimas da ditadura. Com essa medida, o impacto do filme no debate histórico ficou ainda mais evidente. O público já considera a obra a mais popular sobre o tema, pois ela aborda o cotidiano das vítimas de maneira acessível e comovente.

O filme chegou no momento certo para as pessoas reconhecerem que viver sob uma ditadura não é mais aceitável”, afirmou Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou o longa. Para muitos espectadores, a obra reforça a importância de preservar a democracia e de lutar para que tragédias similares nunca se repitam.

Artigos relacionados